segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Cracóvia & Auschwitz

Cracóvia (4/Jan./08)

Chegámos a Varsóvia ao 12h, teoricamente a altura de maior calor do dia… estava um frio de meter medo! (Mais tarde o Vítor disse-nos que nesse dia, a temperatura percepcionada era de -26º!!!). Foi a tiritar que encontramos o caminho para a estação de comboios e daí para Cracóvia!

Antes da nossa viagem, tinha ouvido que Cracóvia era espectacular e que não que valia nada… pelo que foi com alguma expectativa que começamos a descobri-la! Mas também não o fizemos sozinhas! Claro que tivemos companhia. Desta vez, o Diogo! Um rapaz que a Sara conhecia e que está a fazer Erasmus a poucos kms desta cidade! Ele foi um querido e prontificou-se a ficar no nosso hostel e a mostrar-nos os encantos de Cracóvia!


E que cidade mágica! Parece que foi retirada de um conto medieval. Até hoje não acredito que é a 2ª cidade mais importante da Polónia! É completamente o oposto de Budapeste. Tem edifícios baixos, ruas pequenas, e muita gente na rua (mesmo com -10º). Mas tem também a maior praça medieval da Europa.

Esta praça marca o centro da cidade, e nas diversas artérias que dela parte, é possível encontrar cerca de 400 restaurantes, bares e pubs! Pelo que já estão a ver o que atrai tanta gente para rua! À noite, o movimento é incrível, e os bares, todos underground, ficam cheios! Há para todos os gostos, tanto fomos ouvir jazz, como dançar tecno; tanto nos aquecemos em cafés confortáveis, como comemos Kebab’s no meio da rua, ou deliciamo-nos com comida indiana.
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É o espírito medieval que torna esta cidade diferente e ideal para um passeio de fim-de-semana. Segundo a lenda, Cracóvia surgiu após ter sido derrotado um Dragão que lá morava, pelo que este é o símbolo da cidade, aparecendo um pouco por todo o lado!
Por outro lado, a Polónia é dos países mais devotos ao catolicismo da Europa, as pessoas levam muito a sério a religião. Daí que não seja difícil encontrar uma igreja ou capela, quase em cada esquina. Fomos ver a casa onde o papa João Paulo II ficou quando veio a Cracóvia, e ainda lá está uma foto dele a abençoar a cidade.

O Diogo revelou-se uma companhia fantástica e muito paciente… levou-nos a ver o Wawel Castle, que é lindíssimo e deixou-nos comprar todos os postais e tirar inúmeras fotos!!! (Obrigado Diogo!) Foi ele que nos aconselhou a ir visitar Wieliczka (salt mine). Quase que nos passava ao lado esta antiga mina de extracção de sal, que é considerada património mundial pela UNESCO. Durante séculos os polacos retiraram sal desta mina, construindo uma panóplia de galerias espectaculares. Entre elas, está um igreja construída a 125 metros de profundidade, com 12m de altura – “Chapel of the Blessed King”, toda ela esculpida em blocos de sal. Vale muito a pena visitar!

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Auschwitz
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Não era preciso ninguém nos dizer para ir visitar Auschwitz! Este campo de concentração é o símbolo de uma história recente de terror e de humilhação da raça humana que queríamos mesmo ver!

Já sabia de antemão que o que ia ver não seria agradável, mas nada me preparou para um cenário tão terrível. Primeiro fomos a Auschwitz 1, o antigo e mais importante campo de concentração dos nazis é agora um museu que retrata ao pormenor e fielmente o dia a dia do mesmo. Inacreditável!
Ao ouvir a explicação da guia (que fazia questão de enfatizar a crueldade dos actos lá cometidos), ao ver, com os meus próprios olhos, as centenas de milhares de objectos pessoas que outrora pertenceram a PESSOAS que friamente foram assassinadas – sapatos, óculos, pentes, malas, …; ao ver centenas de kgs de cabelos que foram rapados de cadáveres, para depois vender; ao perceber como os prisioneiros eram (mal) tratados; ao ver a câmara de gás e o muro das execuções, … eu pergunto porquê? “Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei!” Onde estava Ele? E como foram capazes tantas pessoas de compactuar com tanta brutalidade?!
6 milhões de seres humanos!

No fim da visita, já depois de vermos Auschwitz 2, que é um campo de concentração situado a poucos kms do primeiro, 25 vezes maior, construído por prisioneiros com a simples intenção de matar rapidamente, a guia acabou a sua explicação dizendo: “O museu de Auschwitz foi construído para aprendermos com ele! A história repete-se! Porque não havemos de aprender?”


4 comentários:

Anónimo disse...

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Parabéns pelo blog. Estou indo a Cracóva semana que vem, gostaria de algumas dicas de pubs, restaurantes e locais turísticos que devem ser visitados. Valeu!

Anónimo disse...

Jace, parabéns pelo blog, ficou muito bom.
Em maio/08 vou a Polonia e pretendo visitar Auschwitz (pela história) e as Minas de Sal.
É preciso comprar entradas ou ingressos com antecedência ? e quanto custam ??
Abraços, Adilson

Jacinta Valente disse...

Ola! Fazes muito bem visitar em dois locais são fenomenais! Não preocupes com os bilhetes! É muito fácil adquiri-los! Há inúmeras viagens organizadas em Cracóvia que podes aproveitar... Aconselho-te a ires por ti às minas do sal por ti... fica mais barato! E vai com um guia a Auschwitz! Os preços, sinceramente já nãome lembro! Mas vale a pena! Bjs*