segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

A passagem de ano: Budapeste

Budapeste (31/Dez./07)

Não há nada como chegar a um país desconhecido e ter alguém à nossa espera. O hostel onde ficámos “disponibilizou-se” para nos ir buscar ao aeroporto (por €12) e nós aproveitámos! E que hostel… perto do centro e com um ambiente espectacular! Se vierem a Budapeste recomendo vivamente o “Aboriginal Hostel”. Tenham é cuidado com pinguins peluches… não os deixem sozinhos! Lol

O 1º impacto de Budapeste foi de ruas desertas e escuras, e o sabor delicioso de uma sopa no pão! :) Esta sopa foi apreciada já em inglês, porque a outra residente do quarto 006 da Moxa em Bucareste, veio ter connosco à capital húngara. E como ela ainda se está a iniciar na língua portuguesa, e nós ainda não descobrimos como perceber alemão, a solução foi mesmo adoptar o inglês definitivamente! E ainda bem!

No último dia do ano, começamos por visitar Buda com a ajuda do mapa da cidade e do livro recém comprado da Sara “Eastern Europe”. Rapidamente descobrimos que visitar uma cidade nesta altura do ano, quando tudo está fechado, quando anoitece às 4h da tarde e com muitos graus negativos não trás bons resultados! Lol
Mas mesmo assim, não desistimos! De Buda tem-se uma vista fantástica sobre o Parlamento (que é o edifício mais importante e simbólico da cidade), e também sobre toda a parte de Peste. Lindo!
Mas pessoas é que não se encontrava na rua! Atravessamos a ponte e descobrimos uma das ruas mais movimentadas da cidade – Vaci ucta – era aqui que os húngaros se escondiam!! O ambiente era incrível! As barraquinhas ao longo da rua a vender doces, vinho quente (hum!!), champanhe, perucas, buzinas, fogo de artificio, etc. conferiam à rua um espírito mais acolhedor! E esta gente não espera pela meia-noite para lançar fogo de artifício… nahh! Era frequente ver o céu iluminado por pequenos fogos que as próprias pessoas lançavam! Só não sei se era muito seguro!

Mas o frio apertava e ainda era cedo… pelo que decidimos dar um pulo até ao hostel! Mais uma vez, o ambiente na sala comum era inacreditável… finlandeses, australianos, espanhóis, franceses, japoneses, ingleses, alemães e portugueses faziam a festa! E nós não éramos as únicas portuguesas. Qual a nossa espanto quando ouvimos um espanhol a imitar o Scolari: “A RTP paga e eu é que sou burro!!?!” hihihih Tinha sido ensinado por um português que também lá estava!! Havia ainda mais um tuga, o Phill, e nem o facto de ele estar a trabalhar no hostel, o impediu de aproveitar a festa!
Perto da meia noite, foi um grupo de muitas nacionalidades que partiu para “Octagon”! 5-4-3-2-1… 2008!! As 12 badaladas passaram-se como um pouco por todo o mundo! Muitos abraços, sorrisos, champanhe, fogo de artificio e sms!! Ainda estivemos com mais portugueses que vieram de Pitesti (na Roménia) e outros que encontramos por acaso!! “Portugal must be empty” dizia a Sabrina! lol

Nos restantes 3 dias que passamos na Hungria, dividimos o tempo a visitar a cidade (Buda e Peste), a experimentar a doçaria e os seus belos restaurantes e a conhecer alguns bares algo alteranativos!

A cidade é linda! Mas é diferente de Praga (que marca o topo da escala), os monumentos estão mais distribuídos pela cidade; o Danúbio confere à cidade uma mística, e as montanhas de Buda oferecem aos seus visitantes paisagens fantásticas!


Em relação aos restaurantes e cafés, tivemos desta vez, a ajuda preciosa do André Lemos (Obrigado André!), que passou 3 meses cá em Erasmus e mandou-nos umas dicas por e-mail! A comida é boa (para quem gosta de temperos) e não é cara (embora também não seja muito barata!). Tem bons bares com bom ambiente só para relaxar e passar um bom bocado com os amigos! É preciso é descobri-los por entre o emaranhado de ruas escuras e desertas de Budapeste!

No meio de tanta coisa, ainda tivemos tempo de ir à Opera e ao Museu! Lembram-se quando vos disse que ia tentar ficar mais culta!? Lol Fomos ver La Traviata por €1,60! Os lugares eram fracos, mas só por ver o edifício por dentro, já valia a pena! E fomos ver uma exposição de trabalhos de Picasso, Kandiscky, Klee e Hundertwasser ao Museum of Fine Arts (também por €6!)

Foi com esta ópera de Verdi que nos despedimos da Sabrina, e de toda a sua boa disposição que temperou a nossa estadia em terras húngaras. Para a memória fica a nossa playlist, as nossas resoluções de 2008, as nossas divagações pela cidade com o mapa na mão e cheias de frio, e todos os bons momentos que partilhámos!
Danke Shon!

Quanto a nós... Seguimos para a Polónia!

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